Descrição
Em 10 de outubro de 1964, Edmílson Caminha, 12 anos, aluno da primeira série ginasial do Ginásio 7 de Setembro, publicou seu primeiro artigo no jornal O Povo, de Fortaleza. De lá para cá, não houve um só dia em que não tenha escrito – como professor, como jornalista, como escritor, como consultor legislativo da Câmara dos Deputados. São, pois, seis décadas consagradas à vocação que o destinou às letras, sem a qual não saberia viver. Para comemorá-las, reúne em Greta Garbo, quem diria, não morreu em Araxá textos que se acham entre o artigo, a reportagem, a crônica e o ensaio literário.
A história que dá título à coletânea vem de um misterioso encontro de Carlos Drummond de Andrade com a atriz sueca, na Belo Horizonte dos anos 1920… Muitos anos depois, o mineiro de Itabira lançaria os poemas eróticos de O amor natural, com a exclusão de um, sobre a masturbação, descoberto por Caminha nos originais do autor em poder da família e agora revelado em “Qualquer maneira de amor vale a pena”.
Em “Três livros incomuns”, fala-se de nuvens, de cadeiras como obras de arte e do fascínio de um arquiteto nórdico por selos de estados que sumiram do mapa; “2001, a odisseia do homem que tocou em Deus” e “Corleone, o chefão que podia tudo” vêm da paixão do autor pelo cinema; “Da Madeira a Dijon, em busca do vinho de Rachel” e “França, de Montaigne a Rubem Braga” homenageiam a pátria de Victor Hugo, cujo romance Os Miseráveis é tema de um ensaio; e “O Jornal das Multidões” lembra o dia em que o menino repórter surpreendeu um senador da República, seu patrão, de cuecas na rede em que tirava um cochilo com a esposa…
Sobre histórias como essas, que Edmílson Caminha gosta de partilhar, escreveu o historiador e museólogo Ângelo Oswaldo: “As crônicas que você reúne são sempre uma experiência deliciosa para o leitor. Saboreamos a sua verve, culta e bem-humorada, bem como as surpresas que a sua movimentada vida literária acumula nesses esplêndidos flagrantes.”
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